EM UMA CERIMÔNIA QUE SÓ FALTOU A DELTA, CABRAL FALA A PRIMEIRA VEZ SOBRE O BONDINHO.


O governador do Rio de Janeiro falou sobre o acidente durante um evento em Botafogo, na Zona Sul do Rio

Em silêncio desde o acidente com um bonde, que matou cinco pessoas e feriu dezenas em Santa Teresa, zona sul do Rio de Janeiro, no último sábado, o governador Sérgio Cabral falou nesta quarta-feira sobre o caso e admitiu que os bondes estão sucateados. "A verdade é que é a frota dos bondinhos é uma frota sucateada. É uma frota onde foram reformados alguns bondes e outros não. A verdade também é que não há controle de passageiros. Me parece que era um problema de gerência. De gerência desse tipo de controle", afirmou.

O governador também lamentou o acidente e disse que o Estado não fugirá de suas responsabilidades. "Nossa manifestação de consternação e solidariedade aos familiares e vítimas dessa situação. O Estado se coloca à disposição e não vai fugir das suas responsabilidades", disse Cabral.

O governador também confirmou que houve negligência. "Que o bonde não é um transporte de massa, não é. Que há um descontrole na entrada de passageiros, há. Havia um excesso de passageiros absurdo na hora da tragédia, havia", enfatizou.

Apesar disso, Cabral garantiu que não houve falta de investimento no sistema. "Foram R$ 14 mi em investimentos para a recuperação de bondes e trilhos, isso foi feito. Mas me parece que houve problema de gerência".

As declarações foram feitas durante um evento em Botafogo, na Zona Sul do Rio, onde o empresário Eike Batista anunciou a doação de dinheiro para a construção do hospital Pró-Criança. O hospital será destinado ao atendimento de crianças com doenças de alta complexidade e vai oferecer 30% da capacidade para menores carentes.

Ontem, Sérgio Cabral interveio diretamente no sistema de bondes do estado. O sistema normalmente é administrado pela Secretaria Estadual de Transportes, por meio de sua empresa pública, a Central. O interventor nomeado pelo Palácio Guanabara é Rogério Onofre, presidente do Detro, órgão do governo estadual responsável pela fiscalização do transporte intermunicipal no Rio de Janeiro.

Onofre terá, como primeira missão, fazer um levantamento sobre a situação de segurança e sobre o funcionamento dos bondes. Em seguida, ele deverá propor medidas necessárias para evitar novos acidentes com o tradicional veículo sobre trilhos do Rio.

A intervenção, bem como a suspensão da circulação dos bondes determinada no último sábado, não têm previsão para acabar, segundo a Agência Brasil.

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