POR FERNANDO MOLICA
Rio - A rebeldia das bancadas do PT e do PCdoB, ocorrida na Assembleia Legislativa, preocupa o governo Sérgio Cabral. No centro da questão está o projeto que permite aadministração de unidades de saúde por Organizações Sociais, entidades privadas sem fins lucrativos.
Nesta quarta-feira, deputados dos dois partidos votaram contra a orientação oficial em pareceres sobre o projeto examinados em cinco comissões da Alerj: o governo perdeu duas das cinco votações. O PT comanda duas secretarias estaduais (Ambiente e Assistência Social) e PCdo B dirige a Ceperj.
Maioria em risco
Integrantes de outras bancadas governistas, principalmente do PMDB, se revoltaram com a atitude do PT e do PCdoB e pediram alguma punição aos infiéis. Alegam que a tolerância com a dissidência põe em risco a maioria de Cabral na Alerj.
Dever de casa
O Palácio Guanabara estuda obrigar Carlos Minc e Rodrigo Neves, deputados estaduais do PT que chefiam secretarias estaduais, a deixarem seus cargos para votar a favor do projeto. Depois, se tudo der certo, retornariam ao governo.
Os outros 'Muy Amigos' de Cabral
As ameaças à maioria de Cabral também ocorrem em outras bancadas. Dos 11 deputados do PDT (partido que ganhou as secretarias do Trabalho e de Desenvolvimento Regional), dois votam contra o governo e três costumam se omitir em decisões mais importantes. O PSB, que controla a Secretaria de Ciência e Tecnologia, tem quatro deputados, mas nem todos seguem a liderança governista. Dos três do PSC, partido que tem a Secretaria de Turismo, apenas um sempre vota com o Palácio.
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