O vice-prefeito de Campinas (93 km de São Paulo), Demétrio Vilagra (PT), voltou a trabalhar na prefeitura nesta quinta-feira (16).
Acusado pelo Ministério Público de integrar um esquema que fraudava licitações, ele chegou a ser preso por 22 horas no final de maio e teve a prisão preventiva decretada na última quinta-feira (09). O mandado de prisão foi revogado anteontem (14).
De acordo com a assessoria o vice-prefeito, Vilagra já havia retornado às atividades na semana passada, mas manteve reuniões de trabalho em São Paulo.
Por orientação do advogado Ralph Tórtima Stettinger, o vice não se apresentou enquanto não havia sido julgado o habeas corpus que derrubou o mandado de prisão. Agora ele responderá em liberdade às acusações de formação de quadrilha e corrupção passiva.
Antes das denúncias virem a público, Vilagra dividia o expediente na prefeitura a na Ceasa (Centrais de Abastecimento S.A.).
Como pediu exoneração da presidência da Ceasa, trabalhará mais em reuniões políticas.
Conforme as investigações do Ministério Público, o vice-prefeito recebia parte da propina paga por empresários em troca de contratos públicos, principalmente relacionados à Sanasa (empresa mista de tratamento de água e esgoto da cidade).
Um empresário também afirmou, ao Ministério Público, que ofereceu R$ 20 mil e duas garrafas de vinho ao vice. A defesa de Vilagra afirma que houve a oferta, mas que ele não teria recebido o dinheiro.
Em um operação do Ministério Público foram encontrados R$ 60 mil na casa do vice-prefeito. Conforme seu advogado, foi comprovado que esse dinheiro tinha origem na venda de carros e saque do FGTS para pagamento de dívidas de campanha.
Ao todo, os promotores denunciaram 22 empresários e agentes públicos, entre eles a primeira-dama e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Santos, acusada de chefiar o esquema.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br
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