Afirmação é de delegada, que ouviu nove depoimentos na madrugada.
Manifestante diz que foi arrastado por 10 metros e levou socos no rosto.
“Todos foram ouvidos e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML). Os manifestantes falam que foram agredidos e ele (motorista) fala que foi agredido pelos estudantes. O motorista era o que apresentava, visivelmente, mais lesões. A gente agora aguarda as imagens feitas pelas equipes de reportagens e os laudos do IML. Muita coisa resta ser apurada”, disse ela, que virou a noite na delegacia.
O protesto, realizado na noite desta quarta-feira (25), reuniu alunos do IFF, da UFF e da Uenf. Os estudantes manifestavam contra a insegurança na cidade e também ao redor das universidades. O estudante Renato Batista da Conceição, presidente do Centro Acadêmico de Geografia, explicou que a origem do evento foi a Semana Nacional de Lutas dos estudantes de geografia, quando cada curso escolhe um problema do município. “Em Campos, a gente escolheu alto índice de assaltos e criminalidade e convocamos todos os universitários”, disse.
Duas versões
O estudante de geografia do Instituto Federal Fluiminense (IFF) Victor Regis, de 18 anos, sente dores nas costas e na cabeça na manhã desta quinta, após ser arrastado pelo carro e receber socos no rosto e na nuca do motorista que se irritou com o protesto.
“Ele falou que ia passar, se não abrisse ia passar, quando eu fui ver ele já estava com o carro arrancado. O jeito de me defender foi me apoiar no capô do carro. Ele me arrastou por uns 10 metros e quando parou, levantei e voltei para o manifesto. Ele me agrediu verbalmente, me xingando com palavras ofensivas, tentou me bater, e aí eu disse ‘o movimento é pacífico, você pode bater à vontade’. Foi quando ele começou a me bater, com socos no rosto, na cabeça, na região da nuca. No início era ele sozinho, em seguida apareceu um amigo dele”, contou Victor.
Segundo ele, que é presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a partir daí começou um tumulto no local e o homem e o amigo teriam agredido também uma menina, um outro estudante e repórteres que estavam trabalhando.
De acordo com a delegada, o motorista é dono de uma academia de ginástica e também trabalha com produção de eventos. Em seu depoimento, ele alegou que estava atrasado para um compromisso e tinha uma quantidade grande de dinheiro no veículo, o que o teria deixado tenso no momento em que o carro ficou parado diante do protesto.
“Eles fecharam a Avenida Pelinca, a principal via da cidade, interreompendo o trânsito. Os manifestantes ficaram sentados em frente ao carro dele. Essa manifestação não foi comunicada ao batalhão nem à delegacia”, disse a delegada.
O empresário disse à policia, segundo Ana Paula Carvalho, que os manifestantes o teriam provocado, indo para frente do veículo e dizendo ‘não vai passar, só se for por cima de mim’. Ainda de acordo com a versão do motorista, um jovem teria ido para frente do carro e se apoiado no capô. Foi quando ele arrancou o carro e teve início a confusão. “Ele diz que os manifestantes se juntaram, chutaram o carro, o amassaram o capô, e então ele desceu e entrou em luta corporal com o rapaz que se portou em frente”, contou a delegada.
Victor contou que só foi deixar a delegacia às 7h. O estudante irá ao IML na parte da tarde. “Ele (motorista) estava saindo do trabalho, é até compreensível. Não temos divergência com ele. Só prestamos queixa porque seria um absurdo não ir, já que estávamos portestando contra violência, a gente estaria sendo conivente se não fosse”, disse ele.
Ana Paula Carvalho disse que os envolvidos, caso sejam punidos, responderão por lesão corporal e dano ao veículo, que seriam delitos de menor potencial ofensivo. Os estudantes prometeram organizar outras passeatas na semana que vem.
fonte: G1.com
O protesto, realizado na noite desta quarta-feira (25), reuniu alunos do IFF, da UFF e da Uenf. Os estudantes manifestavam contra a insegurança na cidade e também ao redor das universidades. O estudante Renato Batista da Conceição, presidente do Centro Acadêmico de Geografia, explicou que a origem do evento foi a Semana Nacional de Lutas dos estudantes de geografia, quando cada curso escolhe um problema do município. “Em Campos, a gente escolheu alto índice de assaltos e criminalidade e convocamos todos os universitários”, disse.
Duas versões
O estudante de geografia do Instituto Federal Fluiminense (IFF) Victor Regis, de 18 anos, sente dores nas costas e na cabeça na manhã desta quinta, após ser arrastado pelo carro e receber socos no rosto e na nuca do motorista que se irritou com o protesto.
“Ele falou que ia passar, se não abrisse ia passar, quando eu fui ver ele já estava com o carro arrancado. O jeito de me defender foi me apoiar no capô do carro. Ele me arrastou por uns 10 metros e quando parou, levantei e voltei para o manifesto. Ele me agrediu verbalmente, me xingando com palavras ofensivas, tentou me bater, e aí eu disse ‘o movimento é pacífico, você pode bater à vontade’. Foi quando ele começou a me bater, com socos no rosto, na cabeça, na região da nuca. No início era ele sozinho, em seguida apareceu um amigo dele”, contou Victor.
Segundo ele, que é presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a partir daí começou um tumulto no local e o homem e o amigo teriam agredido também uma menina, um outro estudante e repórteres que estavam trabalhando.
De acordo com a delegada, o motorista é dono de uma academia de ginástica e também trabalha com produção de eventos. Em seu depoimento, ele alegou que estava atrasado para um compromisso e tinha uma quantidade grande de dinheiro no veículo, o que o teria deixado tenso no momento em que o carro ficou parado diante do protesto.
“Eles fecharam a Avenida Pelinca, a principal via da cidade, interreompendo o trânsito. Os manifestantes ficaram sentados em frente ao carro dele. Essa manifestação não foi comunicada ao batalhão nem à delegacia”, disse a delegada.
O empresário disse à policia, segundo Ana Paula Carvalho, que os manifestantes o teriam provocado, indo para frente do veículo e dizendo ‘não vai passar, só se for por cima de mim’. Ainda de acordo com a versão do motorista, um jovem teria ido para frente do carro e se apoiado no capô. Foi quando ele arrancou o carro e teve início a confusão. “Ele diz que os manifestantes se juntaram, chutaram o carro, o amassaram o capô, e então ele desceu e entrou em luta corporal com o rapaz que se portou em frente”, contou a delegada.
Victor contou que só foi deixar a delegacia às 7h. O estudante irá ao IML na parte da tarde. “Ele (motorista) estava saindo do trabalho, é até compreensível. Não temos divergência com ele. Só prestamos queixa porque seria um absurdo não ir, já que estávamos portestando contra violência, a gente estaria sendo conivente se não fosse”, disse ele.
Ana Paula Carvalho disse que os envolvidos, caso sejam punidos, responderão por lesão corporal e dano ao veículo, que seriam delitos de menor potencial ofensivo. Os estudantes prometeram organizar outras passeatas na semana que vem.
fonte: G1.com
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