Depois de uma exaustiva manhã dando palestras para crianças, vou almoçar com uma amiga que é advogada, Shelley Mitchel. No restaurante, sentamos a uma mesa ao lado de um bêbado, que insiste em puxar conversa o tempo todo. Fala do sofrimento por ter sido abandonado por sua mulher, diz o quanto está triste, pergunta-nos o que deve fazer.
A certa altura, a amiga pede ao bêbado para ficar quieto. Mas ele insiste:
— Por que? Eu falei de amor como um homem sóbrio nunca fala. Demonstrei alegria e tristeza, tentei comunicar-me com estranhos. O que há de errado nisto?
— O momento não é apropriado – responde ela.
— Quer dizer que existe hora certa para sofrer por amor?
Depois desta frase, o bêbado é convidado para a mesa dos dois.
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