Após sua importante vitória na votação e aprovação da LDO, no último dia 28, a prefeita sanjoanense Carla Machado abriu no blog do Esdras, a possibilidade de diálogo com a oposição na Câmara, sobretudo com Gersinho, presidente da Casa, que pertence ao seu partido. O blogueiro se interessou em conhecer a resposta, estendida nas circunstâncias apresentadas pelo vereador, inclusive às possibilidades dele se lançar por outro partido, numa candidatura alternativa à Prefeitura, em 2012…
Diálogo com Carla — A Câmara sempre pregou o diálogo. Nós dois somos do mesmo partido, mas isso pode tanto unir, quanto às vezes impedir. O que ela sinalizou para o Esdras, a Câmara já vem sinalizando para ela há muito tempo.
Ressentimentos antigos — Nas duas vezes que tentei ser presidente da Casa, meu diálogo com Carla não adiantou, e ela fez o Neco (na Legislatura passada). Na primeira (2005/06), até entendi, porque ela tinha uma dívida política com o Neco, mesmo que eu tenha sido o vereador mais votado, critério que tínhamos combinado para definir o presidente. Mas na segunda (2007/08), que ela havia combinado que seria eu, Carla antecipou a eleição da Mesa Diretora, com votação na véspera do Carnaval, sem avisar a mim ou ao Alexandre, e fez o Neco de novo.
Revanche — Na eleição municipal de 2008, depois do resultado, quando já sabia que tinha sido o candidato mais votado, Neco quis fazer uma lei para usar isso como critério oficial da escolha do presidente do biênio seguinte (2008/09), para ficar pela terceira vez. Eu e Alexandre derrubamos isso na Justiça.
Da situação à oposição — Fizemos uma reunião com os vereadores (da situação) Jonas (PMDB) e Aluizio Siqueira (PTB), propondo o sorteio para definir o presidente, mas sem o Neco, que já tinha sido duas vezes. Carla não aceitou. Aí, eu e Alexandre nos juntamos aos vereadores da oposição: Franques (PDT), Kaká (PDT) e Camarão (PPS).
Oposição sistemática — Elegemos Alexandre (2009/10), mas mesmo assim, dissemos que não iríamos fazer oposição sistemática à prefeita. Ela não aceitou porque disse que era uma vitória de Alexandre, não dela. Aí, viramos oposição mesmo.
Enfim, a presidência — Nós cinco havíamos combinado que eu seria o presidente no biênio seguinte (2011/12), já que os outros três da oposição, diferentes de mim e de Alexandre, eram vereadores de primeiro mandato.
Ressentimentos recentes — Em 2011, os vereadores governistas entraram com um requerimento para me destituir do cargo de presidente. Agora, entraram no Ministério Público contra mim por improbidade administrativa. Para qualquer evento oficial da Prefeitura, eu não sou convidado, mesmo sendo presidente da Câmara e do mesmo partido.
Possibilidade de reconciliação — Não diria que é impossível, mas que é difícil, é. Eu jamais ficaria a favor do que foi feito nas desapropriações com o pessoal do 5º distrito, que é meu reduto eleitoral. Não há mais confiança. Grupo político é como casal: se não há confiança, que se separe. Pode até se reconciliar, mas desde que volte a confiança.
Candidatura à Prefeitura — Todo jogador sonha em chegar à Seleção. Acho que tenho chances, sim, de ser candidato (a prefeito) pelo PMDB (em 2012). Há cerca de 15 dias, estive com (Jorge) Picciani (presidente estadual do PMDB), no Rio, e fui muito bem recebido e tratado.
Candidatura a prefeito por outro partido — Sou fiel ao PMDB, como fui fiel ao PDT no passado. Temos que esperar as coisas acontecerem. Minha decisão pode ser tomada até 6 de outubro. Até lá, são mais de dois meses. O PP do (senador Francisco) Dornelles pode ser uma opção, entre vários outros partidos.
Oposição na Câmara com candidatura alternativa — Li no seu blog que Wladimir fechou com Betinho para prefeito. Assim mesmo, Kaká e Camarão ficariam fechados comigo. Franques, embora do grupo, realmente é mais ligado a Betinho.
Fonte: http://www.fmanha.com.br/blogs/opinioes
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