CABRAL PREPARA O CAMINHO PARA O SENADO,PEZÃO,MELLO E PICCIANI LOTEIAM O PMDB DO RIO



As eleições municipais de 2012 ainda estão distantes, mas o ambiente político fervilha. O grande partido do estado é o PMDB, seja com o chefe que for: Chagas Freitas, Moreira, Garotinho ou Sérgio Cabral. E, no PMDB, há muitas divisões. Luiz Fernando de Souza, o Pezão, controla a região Sul, tudo que estiver próximo de sua Piraí. A Região dos Lagos, ou Costa Azul, está sob o comando do presidente da Assembléia Legislativa (Alerj), Paulo Mello. E o resto do estado, por incrível que pareça, tem forte influência do candidato derrotado ao Senado - por Lula, que apoiou Marcelo Crivela e Lindberg Faria, os dois vencedores - Jorge Piccianni. E, é claro, inúmeras regiões têm influência direta do comandante do Executivo - e das verbas oficiais - governador Sérgio Cabral. 

Na maioria das áreas, a divisão é tranquila, mas, em algumas, registram-se conflitos. O ex-prefeito - por dois mandatos - de Araruama Chiquinho da Educação agora quer comandar o Executivo municipal de Armação dos Búzios, mas mostra indecisão partidária. Seu padrinho é Paulo Mello, mas se o diretório local - no momento controlado por interinos - tender a favor de Picciani, este poderá tentar trazer para o PMDB o atual prefeito, o pedetista Mirinho. Mirinho já foi prefeito duas vezes e saiu. Agora, está no terceiro mandato e pode se recanditar, rumo ao quarto mandato. Se Picciani trouxer Mirinho, Chiquinho deverá se candidatar a comandar Búzios sob outra sigla - e convites não lhe faltam, pois tem alto prestígio em Araruama, Búzios e toda a região. 

Ao ser feita a fusão do sofisticado Estado da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro, predominaram as lideranças do antigo RJ, com feudos eleitorais. Até hoje, há poucos deputados filosóficos na Alerj e sobressaem os representantes de oligarquias locais. O governador Sérgio Cabral está sem prestígio junto à classe média carioca, mas continua forte no voto popular da capital e do interior do estado. Tem tudo para voltar ao Senado em 2014. As recentes denúncias de envolvimento com empresários só repercutiram junto à elite. Para o povão, Cabral continua um grande líder - embora mais calado do que nos velhos tempos. 


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