SÃO JOÃO DA BARRA ENTREGA RESTAURAÇÃO DO PRÉDIO DA ANTIGA CADEIA.

A noite desta sexta-feira (24/06) foi muito importante para o município de São João da Barra, pois dentro dos festejos do padroeiro do município, São João Batista, foi dado um passo de resgate a cultura local, a entrega da obra de restauração da antiga Casa de Câmara e Cadeia, realizada com recursos da Prefeitura, sob orientação do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

O prédio, único de São João da Barra tombado pelo Iphan, funcionará o arquivo histórico do Município e recebeu o nome do advogado, professor, escritor e historiador João Oscar do Amaral Pinto, que foi, dentre outros cargos e atividades, secretário de Educação e Cultura do
Com a restauração da antiga Casa de Câmara e Cadeia, a atual administração pontua novamente sua preocupação com o resgate da história local. A obra realizada pela empresa Conenge, significa a recuperação, em seis anos, do quarto prédio do patrimônio histórico do município.

O primeiro prédio histórico do conjunto arquitetônico a ser restaurado foi o Cine Teatro São João, em 2006, ano de seu centenário, após ser adquirido pela Prefeitura. Em seguida vieram a Estação das Artes Derly Machado, na antiga estação ferroviária – aonde funcionou delegacia, DPO da Polícia Militar e um depósito de carros velhos, e posteriormente, o prédio do antigo Grupo Escolar Alberto Torres, tombado pelo Inepac – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, transformado no Palácio Cultural Carlos Martins, inaugurado em 2008.

prefeita Carla Machado anunciou que uma das salas levará o nome do arquiteto Marcos Ribeiro Gomes, inicialmente responsável pela restauração do prédio, que faleceu no início do ano em um acidente.

Todo o trabalho de restauração do prédio foi acompanhado de perto pelo Iphan, consistindo na tentativa de preservar o máximo dos materiais originais. Aonde foi necessária a substituição, a Prefeitura buscou o máximo de similaridade a fim de manter as características do prédio, que data de fins do século 18, sendo inaugurado em 1797, época do Brasil Colonial, das Capitanias e do Ciclo do Açúcar.

CONSERVAR O PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Os traços do Brasil Colônia estão bem marcados no prédio aonde funcionou o poder Legislativo, que naquela época concentrava também as funções do Executivo e do Judiciário. Enquanto que na parte de cima ficava a Casa de Câmara, embaixo era a Cadeia.

A importância da preservação do patrimônio histórico de São João da Barra foi destaca pela maioria dos oradores da noite. Tanto o secretário de Obras, Alexandre Stefan, como os vereadores Aluizio Siqueira e Alexandre Rosa destacaram o trabalho que vem sendo feito pelo atual governo. Para Stefan “o avanço de uma terra está preservação de sua história e sua cultura”.

Já o vereador Alexandre Rosa lembrou que a construção do prédio é do mesmo período em que houve o apogeu da atividade portuária em São João da Barra: “o patrimônio de um povo depende de manter sua história viva. Aqueles que virão terão que se tornar são-joanenses e absorver a cultura local”. Já o vereador Aluizio Siqueira citou que a prefeita tem sido lembrada “por ser uma realizadora de sonhos”, fazendo menção à recuperação dos demais prédios históricos. “Não adianta pensarmos naqueles que virão, se não pensarmos primeiro na nossa cultura e na nossa história”, enfatizou.

Para o secretário de Educação e Cultura, Antônio Neves, a entrega de um prédio tão importante restaurado pela Prefeitura é um marco na história do Município: “durante a campanha, prefeita, a senhora falava da importância em termos o patrimônio histórico de São João da Barra resgatado. E a senhora está cumprindo mais uma promessa. Parabéns!”, destacou.

Filho do homenageado, o administrador, ambientalista e historiador André Pinto falou em nome da família, após os agradecimentos de sua mãe, dona Cecília. Segundo André, a prefeita, com a restauração da Casa de Câmara e Cadeia “dá uma chicotada naqueles que tiveram a oportunidade de cuidar da cultura de São João da Barra e não o fizeram”.

Ao discursar, a prefeita Carla Machado contou que antes de assumir o governo, via com tristeza o abandono do patrimônio cultural: “a gente chegava pela estrada (BR-356) e via a antiga estação com um muro imenso ao redor, dando lugar à delegacia, ao posto da PM e a um depósito de carros velhos, passava em frente ao Cine Teatro e via que ele não atendia aos seus propósitos, o antigo Grupo Alberto Torres, estava em estado tão precário, que colocaram até tapumes para proteger as pessoas que passavam por ali, com receio de que alguma parte se desprendesse caísse em alguém, chegávamos à antiga Casa de Câmara e Cadeia e víamos o abandono”, lembrou-se.

Fonte: http://www.ururau.com.br


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