A 15ª Parada do Orgulho GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) de São Paulo começou oficialmente por volta das 13h30 deste domingo. A concentração em frente ao Masp, na avenida Paulista (região central), já era intensa desde as 11h30.
O evento começou com uma valsa em frente ao museu --mas pouco depois o ritmo da música mudou e passou para o eletrônico. O trio elétrico que abre a Parada agora se dirige à rua da Consolação.
Aline Rosiene do Nascimento, 28, é heterossexual e veio com a sogra, a filha de 8 anos e outra criança de 12 para acompanhar o evento. "Só vim pela diversão", conta. Todas elas usam tiaras coloridas com pompons e garantem que ficam até o final da festa.
Já a vendedora e performer Ayumi, 22, gastou cerca de R$ 500 com uma roupa elaborada --corpete preto, calça preta, bota preta e plumas no ombro.
Há 10 anos ele vem para a Paulista, mas nunca aproveita a festa. "É cansativo, mas divertido. Só depois das 21h é que eu realmente consigo aproveitar", conta, dizendo que se reúne com amigos para ir a boates, restaurantes ou bares.
A reportagem já verificou ao menos três casos de atendimento médico na Parada Gay --pessoas que passaram mal por causa do tumulto ou da bebida. Entre as bebidas alcoólicas vendidas no evento, está o vinho químico --uma mistura com muito álcool e corantes, que foi vendida na Virada Cultural e é alvo de fiscalização da PM.
Um atendente que não quis se identificar diz que o número de pessoas passando mal ainda é pequeno. "Não está calor, então o pessoal bebe menos". No ano passado, ele calcula que as quatro tendas --equipadas inclusive para casos graves, como de parada cardíaca -- atenderam cerca de 900 pessoas.
O tema desta edição da Parada é voltado à religião: 'Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia'. Na altura do colégio São Luís, cartazes com imagens de santos religiosos alertam: "Nem santo te protege, use camisinha".
Integrantes da Igreja Cristã Evangelho Para Todos estão desde as 11h distribuindo panfletos na avenida Paulista: 'Para Deus somos todos iguais. Amor não é pecado', é o que dizem os papéis que estão circulando pela avenida.
'Nós só queremos que as pessoas respeitem o que Jesus Cristo disse há 2.000 anos, que todos devem se amar', disse o pastor Silvio Pompeu, 30 anos, autônomo. Segundo ele, a igreja existe desde 2001 e recebe cerca de 180 pessoas todas as quintas-feiras, dia de culto.
Segundo os organizadores do evento, cerca de 3 milhões de pessoas são esperadas para acompanhar o desfile com trios elétricos pela região central de São Paulo. A parada começa na avenida Paulista e segue pela rua da Consolação até a praça Roosevelt, no centro da cidade.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

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