A nova crise com os bombeiros interrompeu as negociações da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro com duas universidades americanas. A invasão do Quartel-Central dos Bombeiros fez com que o secretário Sérgio Côrtes, que estava nos Estados Unidos, decidisse, na sexta-feira, voltar neste sábado para o Rio.
Os convênios preveem treinamento e transferência de tecnologia. Médicos e enfermeiros do Centro de Politraumatizados do Hospital Adão Pereira Nunes, de Caxias, seriam enviados para estágio no Hospital da Universidade de San Diego. O outro acordo é com a Universidade de Miami e está relacionado às ambulâncias do Samu. Os médicos responsáveis pelo atendimento nas ruas transmitiriam, por computador, informações sobre o paciente para o hospital de destino.
Manifestação e invasão de quartel
Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel dos Bombeiros, na praça da República, no último dia 3. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como ¿escudo humano¿ para impedir a entrada da cavalaria da PM no local.
Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel dos Bombeiros, na praça da República, no último dia 3. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como ¿escudo humano¿ para impedir a entrada da cavalaria da PM no local.
Durante o protesto, o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, ficou ferido na perna. "Agora a briga é com a PM", avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG e alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel.
No dia seguinte, o governo do Rio de Janeiro divulgou que 439 bombeiros foram presos por participação no protesto. Eles responderão pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro). Dados oficiais apontam que os manifestantes danificaram viaturas, arrombaram portas do quartel e saquearam alimentos.
Os protestos de guarda-vidas começaram em maio, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os profissionais recebem cerca de R$ 950 por mês.
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