Documentos obtidos com exclusividade de uma corte na Suíça confirmam que cartolas da Fifa não contestaram as acusações de que receberam subornos milionários nos anos 90.
A informação foi revelada em audiências diante do juiz da cidade de Zug em um caso que correu sob sigilo no ano passado - e encerrado num acordo que culminou com o pagamento de uma multa total de US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 8,9 milhões).
"Nos procedimentos, os acusados negam responsabilidade criminal, mas não o recebimento dos fundos", diz trecho do processo. A investigação detectou um total de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 162 milhões) em possíveis propinas. A peculiaridade da legislação suíça na época favoreceu os acusados pois não era crime receber propina.
Segundo a BBC, que na segunda-feira exibiu um programa sobre o processo, os brasileiros João Havelange (ex-presidente da Fifa) e Ricardo Teixeira (que preside a CBF desde 1989) estão entre os dirigentes que optaram pelo acordo. A corte se recusa a confirmar os nomes dos envolvidos. No programa, surgiu nova acusação contra Havelange, a de que recebeu US$ 1 milhão (R$ 1 62 milhão) em 1997.
A revelação foi ao ar enquanto Joseph Blatter, presidente da Fifa, insistia em discurso no Japão que a entidade era "limpa". Em uma semana, ele enfrenta eleições na Fifa, e no centro do debate estarão as repetidas suspeitas de corrupção. A entidade se recusa a comentar o caso da corte de Zug, alegando que o processo foi encerrado.
Há dez anos, a Justiça suíça decidiu abrir investigações para determinar a causa da falência da ISL, empresa de marketing da Fifa, e descobriu que parte do dinheiro que passava pela empresa tinha como função o pagamento de subornos.
Nos documentos do processo, executivos da ISL também confirmaram que haviam feito os pagamentos para garantir contratos de marketing para as Copas do Mundo. Como nos anos 90 receber suborno não era crime na Suíça, os acusados no processo reiteraram, como afirma documento do tribunal, "negar responsabilidade criminal".
Em 2002, Thomas Bauer, responsável pela liquidação da ISL, investigou o caso e também se deparou com a mesma constatação da existência dos subornos. Escreveu então uma carta a 20 membros da Fifa pedindo que devolvessem o dinheiro da propina. Sem receber respostas, abriu um novo processo. No final, mais um acordo. Os envolvidos pagaram US$ 2,5 milhões e o caso foi encerrado sem a publicação dos nomes dos envolvidos.
Mas um novo caso então foi aberto. Desta vez, o Ministério Público da Suíça decidiu avaliar o destino do dinheiro. Em junho de2010, a Corte de Zug concluiu que as propinas existiram.
O diretor de Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, disse que "no período relativo à denúncia Ricardo Teixeira não era nem do Comitê Executivo da Fifa" e que a BBC começou a divulgar o assunto há anos "sem nenhuma prova de nada".
"Tentaram me subornar", Blatter disse nesta segunda-feira, sem detalhes, que "colocaram" um envelope de dinheiro em seu bolso quando ele era vice de Havelange (81/98). "Entreguei o dinheiro ao diretor de finanças da Fifa", garantiu.
A informação foi revelada em audiências diante do juiz da cidade de Zug em um caso que correu sob sigilo no ano passado - e encerrado num acordo que culminou com o pagamento de uma multa total de US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 8,9 milhões).
"Nos procedimentos, os acusados negam responsabilidade criminal, mas não o recebimento dos fundos", diz trecho do processo. A investigação detectou um total de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 162 milhões) em possíveis propinas. A peculiaridade da legislação suíça na época favoreceu os acusados pois não era crime receber propina.
Segundo a BBC, que na segunda-feira exibiu um programa sobre o processo, os brasileiros João Havelange (ex-presidente da Fifa) e Ricardo Teixeira (que preside a CBF desde 1989) estão entre os dirigentes que optaram pelo acordo. A corte se recusa a confirmar os nomes dos envolvidos. No programa, surgiu nova acusação contra Havelange, a de que recebeu US$ 1 milhão (R$ 1 62 milhão) em 1997.
A revelação foi ao ar enquanto Joseph Blatter, presidente da Fifa, insistia em discurso no Japão que a entidade era "limpa". Em uma semana, ele enfrenta eleições na Fifa, e no centro do debate estarão as repetidas suspeitas de corrupção. A entidade se recusa a comentar o caso da corte de Zug, alegando que o processo foi encerrado.
Há dez anos, a Justiça suíça decidiu abrir investigações para determinar a causa da falência da ISL, empresa de marketing da Fifa, e descobriu que parte do dinheiro que passava pela empresa tinha como função o pagamento de subornos.
Nos documentos do processo, executivos da ISL também confirmaram que haviam feito os pagamentos para garantir contratos de marketing para as Copas do Mundo. Como nos anos 90 receber suborno não era crime na Suíça, os acusados no processo reiteraram, como afirma documento do tribunal, "negar responsabilidade criminal".
Em 2002, Thomas Bauer, responsável pela liquidação da ISL, investigou o caso e também se deparou com a mesma constatação da existência dos subornos. Escreveu então uma carta a 20 membros da Fifa pedindo que devolvessem o dinheiro da propina. Sem receber respostas, abriu um novo processo. No final, mais um acordo. Os envolvidos pagaram US$ 2,5 milhões e o caso foi encerrado sem a publicação dos nomes dos envolvidos.
Mas um novo caso então foi aberto. Desta vez, o Ministério Público da Suíça decidiu avaliar o destino do dinheiro. Em junho de
O diretor de Comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, disse que "no período relativo à denúncia Ricardo Teixeira não era nem do Comitê Executivo da Fifa" e que a BBC começou a divulgar o assunto há anos "sem nenhuma prova de nada".
"Tentaram me subornar", Blatter disse nesta segunda-feira, sem detalhes, que "colocaram" um envelope de dinheiro em seu bolso quando ele era vice de Havelange (81/98). "Entreguei o dinheiro ao diretor de finanças da Fifa", garantiu.
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