Professores da rede estadual de ensino do Rio, em greve por reajuste salarial desde 7 de junho, prometem ficar acampados em frente à Secretaria Municipal de Educação, no centro da cidade, até a próxima quinta-feira.
Nesta terça, cerca de 700 deles invadiram a sede da secretaria, por volta das 12h30. A Polícia Militar foi chamada e retirou os grevistas usando gás de pimenta.
Segundo Maria Beatriz Lugão, coordenadora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro), não houve feridos e ninguém precisou de atendimento médico. Uma porta de vidro foi quebrada.
Em nota, a Secretaria de Educação lamentou o episódio."Um grupo de professores invadiu o prédio da Secretaria de Educação e quebrou a porta de vidro, forçando a entrada. A Seeduc lamenta a postura dos servidores e reafirma que está aberta ao diálogo em busca do entendimento pacífico entre as partes."
À tarde, os secretários estaduais de Educação, Wilson Risolia, e de Planejamento, Sérgio Ruy Barbosa, receberam três líderes do movimento para discutir as reivindicações da categoria, que cobra reajuste salarial de 26%, incorporação imediata de uma gratificação e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos.
Segundo o diretor de imprensa do Sepe, Tarcísio Carvalho, uma nova reunião foi agendada para quinta, às 16h, com o secretário de Estado de Governo Wilson Carlos. De acordo com Carvalho, o governo se comprometeu a apresentar algo diferente do que está na pauta.
Até lá, cerca de mil professores farão vigília em frente ao prédio da secretaria, segundo ele.
"Pedimos que as pessoas coloquem fitas pretas nos carros em apoio aos professores", disse Carvalho.
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